8 de fevereiro de 2017

CARNAVAL: O CRISTÃO PODE OU NÃO PARTICIPAR?



Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Mas não useis da liberdade para dar ocasião à carne. [...]
Gálatas: 5.13



Não sabemos ao certo o significado de Carnaval a não ser que vem a partir do latim que é “carne vale”, isto é, “adeus carne” ou “despedida da carne”; o que significa que no Carnaval o consumo de carne era considerado lícito pela última vez antes dos dias de jejum quaresmal. Outros estudiosos recorrem à expressão “carnem levare”, suspender ou retirar a carne. O Carnaval está ligado com as festas marcadas pela licenciosidade sexual, bebedeira, glutonaria, orgias coletivas e muita música. Além disso as festas eram conhecidas como bacanais (em homenagem a Baco, o deus do vinho e da orgia). Sabendo ou não seu verdadeiro significado, fica lógico que carnaval tem tudo a ver com sexo e bebedice.

Então o cristão pode ou não participar?  O apóstolo Paulo nos deixa registrado algo muito importante acerca da nossa liberdade de tomar decisões ele diz em 1Co: 6.12. 

"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas; mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas."

Então é lícito um cristão participar de tal festa?  Não! Não é lícito e não podemos nos deixar dominar por tais desejos.
Paulo escrevendo aos gálatas deixa claro que nossa liberdade não era pra ser usada para satisfazer a carne, mas ao contrário, é poder ser livre do poder do pecado; Jesus nos chamou para darmos frutos (Jo. 15.16), sabemos que fruto é proveniente do Espírito Santo (Cf. Gl: 5.22), através da santidade do crente, já a prática do sexo ilícito e bebedices são obras da carne (Cf. Gl: 5.19-21), por falta de santidade. Jesus certa vez disse por se multiplicar a iniquidade o amor de muitos se esfriaria, nós sabemos que iniquidade é a instituição do pecado ou sua legalização, uma forma mais clara "é ter o pecado como animal de estimação", a partir daí surgiram os "carnavais gospels", onde na verdade só reina o desejo CARNAL isso mesmo desejo CARNAL. Igrejas que antes tinham zelo pela DOUTRINA BÍBLICA, onde homens de Deus já pregaram a verdade, onde louvores alcançou  vidas, agora profanam os altares com carnaval gospel e levam seus membros a participar e dizem a frase de efeito de Satanás: "tem nada não" aqui é tudo "santo". Tem músicas gospels momentos de oração tudo é pro Senhor, mas que Senhor? Será que Deus recebe esses "louvores", "mensagens egocêntricas".

Os defensores dessa carnalidade usam algumas desculpas as quais vamos refutar com a INFALÍVEL PALAVRA DE DEUS.


Ø Primeira desculpa:  evangelismo

O carnaval gospel serve como forma de "evangelização", mas como isso? O evangelho não é pra se adaptar ao homem, mas o homem se adaptar ao evangelho, o evangelho é a forma que molda o caráter do ser humano.  Olha que engraçado essas pessoas passam todo o ano entre quatro paredes com seus congressos e super eventos, um dia ou outro saem às ruas,  daí no mês carnavalesco decidem evangelizar, olha o que Paulo fala aos Coríntios:

“Portanto, não sejam pedra de tropeço para ninguém, quer sejam eles judeus, gentios ou cristãos. Esse é o plano que eu também sigo. Procuro agradar a todos em tudo quanto faço, não fazendo aquilo de que gosto, mas que é o melhor para eles, a fim de que possam ser salvos.”  (1Co 10: 32.33).

Não devemos procurar o nosso bem, mas o dos outros, com o objetivo final de que muitos sejam salvos, não podemos fazer malabarismo com o evangelho para emocionar alguém porque depois esse alguém volta pra casa pior do que antes, porque agora ele acredita que Deus aceita seu "louvor" enquanto alimenta a carne, com sua cerveja não mão em quanto esta cantando "entra na minha casa entra na minha vida" o Espírito Santo não habita em casa imunda!

Redobre sua atenção nesses textos:

Isaías: 53. 1. Quem deu crédito à nossa pregação? e a quem se manifestou o braço do Senhor?  O senhor Jesus reforça essa mensagem em João, (Jo 12.38), Paulo lembra isso aos Romanos, agora pergunto se esses homens que viverem uma vida íntegra diante de Deus e viviam oque pregavam muitos não creram, como vão crer em uma mensagem em meio à folia? Querem evangelizar então faça da forma certa.


Ø Segunda desculpa: fazer a diferença.

A uma grande contradição aí, porque diferença é exatamente a qualidade da diferença ou distinção, que se pode diferenciar, qual a diferença entre um bloco tradicional dos foliões onde os mesmos pulam, gritam, bebem e usam suas fantasias para um bloco gospel que tem a mesma finalidade? Qual é a finalidade mesmo? Hummm...  nenhuma !! A diferença estaria se o crente não participasse, aí sim seria DIFERENTE.
Lv: 10.10  “Pois vocês têm a obrigação de marcar bem a diferença entre o que é santo e o que é profano - entre o sagrado e o que só interessa a este mundo - e entre o que é impuro e o que é limpo, segundo a Lei.” (NVI).
Outro texto bem legal e o de Malaquias 3.18.  
“Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que o não serve.”
Esses textos tem sentido escatológico, mas já estamos caminhando no fim mesmo.

Ø Terceira desculpa: carnaval é cultura.

 “A gente acredita na cultura do Carnaval como um patrimônio cultural do Brasil, mas a gente também queria transmitir a mensagem do Evangelho através do samba".
(Palavras do organizador do bloco sementes do amanhã)

Desde quando a cultura tem influência na igreja de Cristo? Até onde meu conhecimento alcança cultura é patrimônio da sociedade, da história da pátria de um país, mas já que tocaram nesse assunto vamos ver oque a Bíblia diz.
O apóstolo Tiago deixa registrado um choque cultural entre a cultura do mundo e a do céu, vamos ver.

Tiago: 3.13-18
 13. Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom procedimento as suas obras em mansidão de sabedoria.
 14. Mas, se tendes amargo ciúme e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade.
15. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.
 16. Porque onde há ciúme e sentimento faccioso, aí há confusão e toda obra má.
17. Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia.
 18. Ora, o fruto da justiça semeia-se em paz para aqueles que promovem a paz.

Choque cultural acontece quando enfrentamos estilos de vida, língua, roupa, moeda, religião, valores, perspectivas, totalmente diferentes dos nossos. Quando falamos do cristão em relação à cultura do mundo, Jesus disse que teríamos que “estar NO mundo, sem ser DO mundo.” Paulo falou para não sermos “conformados com esse mundo, mas transformados pela renovação da nossa mente”.  João disse, “Não ameis o mundo, nem as coisas que estão no mundo”.


A CULTURA DO MUNDO (inferno) em relação à cultura do céu diz:
 “Somente o forte sobrevive”  (Deus diz que os mansos herdarão a terra)      
“Você é mestre do seu destino.” (Mas o céu sabe que Deus é soberano)
“Eu sou número um, e não existe número dois!” (Deus diz, “Amarás o teu próximo como a ti mesmo."



A sabedoria (cultura) do mundo tem base em:

·        1.  Inveja amargurada. É interesse demasiado em mim mesmo, um zelo por mim mesmo.  EU cuido de mim.  EU me protejo. EU faço tudo em meu próprio interesse.   E quando não tenho meus desejos satisfeitos, fico magoado.  Mas esse zelo desorientado e diabólico também é vazio, e nunca pode ser satisfeito.  Quanto mais o ego se alimenta, tanto mais quer. Por isso é amargurado.  
·         2.  Sentimento faccioso.  “ambição egoísta” A ideia é de contendas entre pessoas, causadas justamente pela competição, pela cobiça, por partidarismo e divisão.  A Bíblia é muito clara quando diz que “Deus ODEIA quem semeia contendas entre irmãos” (Pv 6:19). Essa é a cultura do mundo.
·        3.  Terrena.  “Não é a sabedoria que desce lá do alto”, então deve ser de baixo! Sabedoria do inferno é o padrão entre os homens, cultura passageira.

·        4.  Animal (não espiritual).  A palavra descreve o homem "natural"  ou seja, o homem não regenerado, que não consegue viver um padrão sobrenatural e voltado para o bem do outro.  É material e sensual, portanto sub-natural, pois não foi assim que Deus fez o homem.
·        5.  Demoníaca.  Aqui descobrimos a verdadeira origem dessa sabedoria. É a cultura do inferno!  É assim que os demônios vivem.  Quando adotamos o padrão de ambição, amor próprio, divisão e contendas nos revelamos como cidadãos de uma sociedade totalmente possessa pelo culto de si mesmo, em que cada um devora o outro, falando mal, acusando, criticando, xingando. Cria pessoas nunca satisfeitas, descontentes, ou acomodadas. Sempre exigindo mais e mais, mais conquistas, mais honras,  mais dinheiro, mais posses, mais glória. Que maneira horrível de se viver!
                  

JÁ A CULTURA DO CÉU É:
·        1. Bondosa (16-18) A cultura do céu compartilha a vantagem em vez de levar vantagem.  Se for necessário, leva desvantagem.  Isso não significa ser “capachão”, mas cristão. Essa sabedoria manifesta-se numa vida transformada: coração, cabeça e conduta. Sabedoria diante de Deus, não é tanto uma questão intelectual, mas moral.
·        2.  Pura - Pureza de mente, pureza de vida, são ridicularizados em nossos dias.  A sabedoria do inferno é suja, esperta, cheia de gracinhas que gozam da santidade da pureza moral.  Essa sabedoria do inferno já contaminou a terra.
·        3. Pacífica- não causa, mas cura conflitos!  Um pacificador está sempre pronto para paz!  Quer resolver conflitos a qualquer custo!  Não guarda mágoas!  Não permite que haja barreiras entre os irmãos.  Porque sabe viver pela graça, pela aceitação incondicional de Deus.
·        4.  Indulgente (amável)- moderado, cortês, gentil, tolerante, manso.  Não arrogante, não é sábio aos seus próprios olhos, tem “poder sob controle”. É um fruto do Espírito.  É uma maneira de ver e tratar as pessoas, que não as usa, mas as ama.          
·        5.  Tratável (compreensiva) – A cultura do céu é ensinável, acessível, ouve, se submete, não rancoroso, não cria motivos para discutir. . . disposto.  Essa pessoa ouve  críticas com humildade e cresce.
·        6.  Imparcial.  Não olha somente para si mesmo e seus interesses (2:1-11).  Não julga as pessoas pelo que tem ou pelo que sabem, pelo que podem fazer por ela.  Tem a perspectiva de Deus sobre as pessoas.
·        7.  Sem fingimento  -Não faz da vida um “show”.  Não usa máscaras, nem finge ser o que não é. Pois na verdade é transparente. Quem é assim?  Mais uma vez, descobrimos que não somos nós, mas Cristo.  Ele é a sabedoria de Deus que se tornou sabedoria para nós e hoje quer viver Sua vida em nós. Qual é a sua cultura?

Os cantores gospels querem cristianizar o impuro, o anátema, aquilo que é profano. O samba de hoje além de sensual originou-se nos cultos aos espíritos ancestrais na religiões africanas, sobre as brasas descalços possuídos pelos demônios. Satanás deve dar risada quando vê pastores incentivando os crentes fazer seu trabalho sujo, (o povo a pecar).

Bloco de carnaval promovido pela igreja Projeto Vida Nova


Esses são as principais desculpas entre tantas outras bizarras.
Biblicamente esses argumentos não tem nenhum sentido espiritual a não ser carnal, não temos tempo Jesus está voltando deixemos, pois todo embaraço (Hb 12.2).

Conclusão.
Para concluirmos gostaria de deixar algumas perguntas para pastores, cantores ou organizadores de blocos gospel.
Quando Jesus precisou roubar para pregar a um ladrão?
Quando Jesus se corrompeu pra levar a palavra aos corruptos?
Quando Jesus precisou se prostituir para evangelizar um prostituta ?
Quantas vezes Jesus mentiu pra poder falar a verdade?
Se Jesus estive-se entre nós, Ele teria um bloco gospel?


Romanos: 12. 2.
“E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”


                  Por: Paulo Sérgio Rodrigues Meira (Colunista do Blog)


BIBLIOGRAFIA.
Biblia de estudo aplicação pessoal  (CPAD)
Bíblia NBV
Bíblia ARC
Mini enciclopédia Orlando Boyer
Enciclopédia da Bíblia temática
Dicionário da Bíblia JFA . Douglas
Comentários biblico africano
Dicionário de português Aurélio 1987 vol.2


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