A indústria pornográfica oferece a homens e mulheres a oportunidade de explorar suas fantasias mais íntimas, porém,
embora as imagens e filmes possam ajudar a aumentar sua libido, e muitos
relatam melhora em seus relacionamentos por conta disso, há um outro lado
afetando sua saúde. De liberação de hormônios que melhoram o humor ao
desencadeamento de tendências viciantes, pornografia pode ter um efeito
peculiar no cérebro humano.
Assistir
pornô faz com que a dopamina, o neurotransmissor responsável pela recompensa e
prazer, seja ativada. Mas, o surto contínuo e repetido de dopamina, por
assistir regularmente pornografia, torna seu cérebro insensível aos efeitos.
Um
estudo publicado no JAMA Psychiatry, em 2014, descobriu que ver pornografia
regularmente parecia aliviar a resposta à estimulação sexual ao longo do tempo.
Isso significa que o cérebro precisa de mais dopamina, a fim de sentir o mesmo
prazer que leva uma pessoa a assistir a mais pornografia, de acordo com
pesquisadores alemães.
Um
estudo de 2011, publicado no portal Psychology Today, constatou que esses picos
de dopamina pornográficos faz com que o cérebro dos usuários precise de
experiências cada vez mais extremas para se tornar estimulados. Após serem
expostos a tantas imagens diferentes em filmes, os homens tornaram-se
sensibilizados e estão cada vez mais incapazes de ficarem animados por
encontros “comuns”. O relatório concluiu que a pornografia está criando uma
geração de jovens sem “esperança sexual” ativa.
Homens
que assistem pornografia também podem estar encolhendo seus cérebros, de acordo
com os pesquisadores alemães. A área do cérebro relacionada com a motivação e
recompensa de resposta, encolheu naqueles que viam mais pornografia. O estudo
marcou a primeira vez que pesquisadores descobriram uma possível ligação entre
a exibição regular de pornografia e danos físicos. No entanto, eles observaram
que é possível que as pessoas que passam mais tempo vendo pornografia tenham
nascido com alguma “tendência” natural no cérebro.
Quando
viciados em pornografia assistem o material, a parte de 'vício' do cérebro é
estimulada, explicaram os pesquisadores da Universidade de Cambridge, na
Inglaterra, em 2013. Os cérebros dos homens jovens que são obcecados por
pornografia online, são “iluminados como árvores de Natal” ao ver as imagens
eróticas, descobriu o estudo pioneiro. A área estimulada é a mesma responsável
pelo prazer e vício em drogas e álcool.
Um
outro estudo da mesma universidade, de 2014, descobriu que viciados em sexo que
assistiram pornografia desde cedo tiveram três regiões do cérebro mais ativadas
do que seus colegas que não eram viciados. O estriado ventral, cíngulo anterior
dorsal e a amígdala, ativos pelos viciados, são as mesmas que respondem aos
estímulos de drogas. O estriado ventral está envolvido na recompensa e
motivação de processamento, enquanto o cíngulo anterior dorsal tem a ver com a
antecipação de recompensas e desejo pela droga. A amígdala está envolvida no
processamento do significado dos acontecimentos e emoções.
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