Fé e ciência andam juntas, diz o
cientista Luiz Pianowski
Ele
tem trabalhado em uma pesquisa desenvolvendo um medicamento que pode ajudar na
cura da Aids
por
Leiliane Roberta Lopes
Fé
e ciência coexistem e apesar de muitos estudiosos confrontarem as duas áreas,
cada vez mais encontramos cientistas cristãos que não negam suas crenças em
Deus e nem encontram motivos para desistir da fé.
Entre
esses profissionais encontramos o pesquisador e farmacêutico Dr. Luiz Pianowski
que acredita que a própria ciência vai mostrando tudo o que Deus fez e faz.
“Gosto
muito de uma frase atribuída a Einstein: ‘Cada descoberta nova da ciência é uma
porta nova pela qual encontro mais uma vez Deus, o autor dela'”, disse.
Mas
assim como outros cientistas cristãos que são ativos em suas áreas, ele nota
que há um preconceito velado com aqueles que não deixam a fé e os mais radicais
chegam até a criticá-los.
Conviver
com esses diferentes é possível, assim como realizar um trabalho científico que
pode mudar a medicina como tem feito o Dr. Pianowski que trabalha no
Laboratório Kyolab. Atualmente a equipe de brasileiros tem trabalhado em um
medicamento que pode ajudar na curar a Aids.
Confira
a entrevista exclusiva dada pelo farmacêutico ao Gospel Prime:
O
debate entre cientistas e religiosos muitas vezes são opostos, por outro lado
vemos cada vez mais estudiosos se posicionando como cristãos. É possível fazer
com que a ciência e a religião coexistam?
Dr.
Luiz Pianowski: No
meu entender elas já andam juntas. O que acontece é que temos muitos cientistas
cristãos que temem se declararem. Eu entendo que a questão não é fazer com que
eles coexistam e sim, deixar que a própria ciência vá mostrando tudo o que Deus
fez e faz de uma maneira ou outra. Gosto muito de uma frase atribuída a
Einstein: “Cada descoberta nova da ciência é uma porta nova pela qual encontro
mais uma vez Deus, o autor dela”.
Como
a comunidade científica enxerga esses profissionais que, assim como o senhor,
se afirmam como cristãos? Existe preconceito?
No
meu caso sinto um preconceito velado por parte de alguns, porém nunca fui
atacado pela minha fé. Inclusive como costumo levar a palavra em muitas igrejas
fora e dentro do Brasil, alguns dizem que gostariam de ter essa mesma fé.
Trabalho
com cientistas ateus e muitas vezes eles tentam me dizer: “nada de falarmos
sobre Deus”, mas com o passar do tempo e da convivência surgem perguntas sobre
minha fé, espaço que uso para falar do amor de Jesus.
Não
tem como não citar o cientista contemporâneo Francis Collins que foi diretor do
projeto genoma mundial, cientista renomado e que embora receba criticas, é
cristão e inclusive escreveu o livro “DNA a Linguagem de Deus”.
Claro
que radicais tentam criticar, mas como acreditar que o Universo surgiu do nada
do vácuo? Escrevi um artigo no meu blog intitulado: “Vácuo-
o vazio cheio de nada”.
E desse nada, surgiu a teoria do Big Bang. E aí, quando eu penso que do nada
houve uma explosão e dela surgiu o universo e que só na via láctea temos mais
de 300 bilhões de estrelas, a tendência é parar para pensar e isso
inevitavelmente nos leva a pensar num criador.
As
universidades são campos hostis aos cristãos, principalmente em cursos como
biologia e física. Pesquisas afirmam que muitos jovens deixam o cristianismo
quando entram na faculdade, em sua opinião, por que isso acontece?
Nesse
caso entra a famosa “síndrome do reducionismo”, onde as mentes “ditas
prodigiosas” da academia tentam reduzir à explicação cientifica o que Deus fez.
E no jovem incauto o ter explicação cientifica retira Deus da equação.
Mas
Deus quando fez o Universo e nos fez, ele nos fez com uma perfeição, com que
reações químicas internas no nosso corpo ou o calor gerado pelo Sol sejam uma
constante e que não seja necessário “mágicas” diárias para que elas aconteçam.
E por isso conseguimos descobrir o que Deus inventou e essa descoberta nos leva
a pensar que não precisamos de um Deus criador.
O
Astrônomo Robert Jastrow fala algo interessante, resumindo: Os cientistas
tentam subir a montanha da ciência e depois de cansados, chegam no topo dela,
encontram sentados nesse cume um grande número de teólogos, ou seja, encontram
a resposta daquilo que os cristãos já sabiam.
Como
manter a fé em um ambiente onde os principais elementos da crença, como a
criação do universo, são questionáveis?
Particularmente
nunca achei questionável, pois o que se tem sobre a formação do Universo é uma
teoria e teoria é algo que se supõe, não é comprovado. Agora pergunte a
qualquer teórico do Big Bang sobre o que explodiu, e se ele for sincero lhe
dirá não sabemos.
No
livro “A física do Cristianismo” o físico norte americano coloca toda a
descoberta da física dentro do que Deus fez, e uma das colocações notáveis
feitas no livro é que o cientista Hawking (que é ateu) fala que a formação do
mundo pode ser provada por equações. Uma delas mostra que deve haver uma
singularidade (para não falar Deus), e que continuando as equações chegou à
conclusão que, inexplicavelmente, essas equações mostram que existem 3
singularidades e que as mesmas são uma só. Crianças cristãs a partir dos 3 anos
já sabem que são Pai, Filho e Espírito Santo.
O
senhor tem trabalhado na pesquisa de medicamentos que podem ser a cura de
doenças como câncer e HIV (Aids). Um de seus amigos de trabalho, o biólogo
Diego Pandeló José, disse que tem base na ciência e na fé para acreditar que
estamos diante de momento marcante da medicina com a cura dessas doenças. O
senhor tem este mesmo sentimento?
Não
sei exatamente como ele citou, mas estamos muito próximos disso. Até então as
drogas existentes chamadas de “coquetel” atuavam eliminando o vírus circulante
no sangue (que está fora das células), mas eles se “escondem” dentro do DNA
celular se passando por um DNA original nosso, então as nossas defesas não
conseguem identificá-los para eliminá-los. O que descobrimos e estamos bem
adiantados é como tirar o vírus de dentro das células e expô-los ao coquetel
para que sejam eliminados.
Como
a fé auxilia nos trabalhos diários de um farmacêutico?
Sou
um defensor dos frascos e comprimidos (risos). Brincadeira a parte, eu dependo
de Deus, eu peço sabedoria a Ele. Mas um medicamento pode prolongar a vida de
um homem para quantos anos? No máximo 100? Mas quando um farmacêutico cristão
fala de Jesus as pessoas encontram o remédio para a vida eterna: Jesus.
Conheça
o blog do Dr. Pianowski (pianowski.blogspot.com.br)
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