Alimentos aquecidos no
micro-ondas em recipientes de plástico podem causar diabetes e outros
problemas, diz estudo
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Os produtos químicos tóxicos presentes no plástico podem acabar transferidos para a comida quando ela é aquecida, podendo causar resistência à insulina e pressão arterial elevada, dois fatores de risco para o desenvolvimento de diabetes.
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Os produtos químicos entram no
corpo mesmo quando não são aquecidos e estão em contato com os alimentos, mas
em doses muito menores, diz o principal autor do estudo, Dr. Leonardo
Transande, professor da NYU Langone, nos EUA.
Trasande e sua equipe estudaram
dois ftalatos, compostos que foram introduzidos em plásticos ao longo dos
últimos dez anos, depois de um composto semelhante ser descoberto perigoso à
saúde humana. Os dois produtos químicos de substituição não são tão diferentes
dos antigos, de acordo com os pesquisadores, que encontraram uma
"associação significativa" entre a pressão arterial elevada e os
produtos químicos. Um estudo anterior descobriu uma ligação entre esses
produtos e a resistência à insulina, um precursor da diabetes, no qual o corpo
não pode usar o hormônio produzido.
“Mesmo uma exposição mínima aos ftalatos mostrou-se
preocupante, podendo ter efeitos persistentes ao longo da vida",
disse Trasande.
Para reduzir o risco,
recomenda-se não aquecer recipientes de plástico e filme plástico no
micro-ondas, além de não colocar recipientes de plástico na máquina de lavar
louças. Além disso, evitar beber líquidos de garrafas de plástico que têm o
número 3, 6 ou 7 estampados no fundo – um sinal de que as garrafas têm
substâncias químicas questionáveis em sua composição.
Além disso, os especialistas
recomendam que se descartem quaisquer recipientes gastos ou riscados por
excesso de uso. Isso significa que suas camadas de proteção estão desgastadas,
podendo aumentar a exposição humana aos componentes.
Pesquisas anteriores já haviam alertado
sobre a falta de segurança dos ftalatos, mas nunca foi provado um efeito
adverso direto sobre a saúde. BPA é um outro produto químico comum que parece
ser perigoso, mas de uma classe química diferente.
A maioria das leis não obriga
que produtos químicos sejam testados antes de serem utilizados em grandes
populações. "Há grande falhas em curso do
quadro regulamentar, que dizem que os produtos químicos são inocentes até que
se prove em contrário", disse
Trasande.
O estudo baseia-se em pesquisas
anteriores que relacionam toxinas ambientais com condições metabólicas. “Atrás apenas de dieta falha e falta de
exercício, evidências crescentes sugerem que produtos químicos podem
representar um terceiro fator substancial na crise de obesidade mundial”,
disse Trasande.
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